A Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes vai acolher, no próximo dia 2 de julho, sábado, a partir das 16h, a apresentação do livro «Vestígios da expansão portuguesa na costa da Arábia – entre as imagens da época e a realidade», da autoria de João Palla Lizardo.
A sinopse da obra refere que «no decurso do século XVII surgiram em Portugal várias obras destinadas a representar as suas fortalezas no Oriente, entre as quais se encontra o exemplar da Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa, apresentando algumas particularidades quanto às imagens da costa oriental da Península Arábica, que contribuíram, de alguma forma, para a análise efetuada neste livro para um distanciamento relativamente à visão histórica tradicional quanto à presença portuguesa nessa zona do mundo.»
Na obra, que tem por base a tese de mestrado em Arqueologia do autor, João Palla Lizardo escolheu a área correspondente aos atuais Emirados Árabes Unidos e à costa do Oman a norte do Cabo Ras-al-Hadd, analisando-se os respetivos vestígios materiais da expansão Portuguesa, com especial ênfase nos dados arqueológicos que foi possível obter. «Os resultados permitiram ajuizar da fiabilidade dos relatos da época e do discurso histórico neles baseado relativamente a uma zona para a qual a documentação escrita é escassa. Especial enfoque foi atribuído às representações de finais do séc. XVI e séc. XVII destinadas a enviar para o reino imagens das fortalezas que os portugueses supostamente teriam construído nessa região, tendo sido possível detetar um elevado conjunto de ambiguidades e imprecisões que divergem do discurso historiográfico tradicional. Procurou-se igualmente, embora de forma muito limitada, inserir a presença dos portugueses nas sociedades aí existentes, adicionando-se alguns dados sobre os respetivos povos.»
João Palla Lizardo, advogado de profissão, é um torrejano radicado há cerca de 40 anos na ilha da Madeira. Estudioso particularmente interessado pelo património cultural de Torres Novas, conta com diversas colaborações na revista de cultura «Nova Augusta».
Sem comentários:
Enviar um comentário